segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Eu era...

Eu era um cara desses ai. Um cara que provavelmente não iria muito longe em alguma coisa. A minha aparência não era lá essas coisas. Quanto menos expressivo, quanto menos visto menos problemas pra mim. Sabe, nunca me interessei por tantas coisas assim. Claro, haviam as coisas que eu gostava naquela época. Algumas poucas coisas, porém haviam, e uma dessas coisas era ela. E, eu confesso, e como confesso, ela tinha um dom de me chamar pro mundo.Um dom que não sei se era dela ou se eram meus olhos, não bem dotados de vista, que juntavam a minha hipermetropia a luz do dia e assim criavam todo aquela vida de luminosidade ofuscante em torno dela. Eu era "o cara" mesmo não sendo dela. E como ser notado? Logo aquele retardado de óculos quebrado com uma renite alérgica que mais parecia um resfriado sem fim?! Pois é, eu me via tão longe e tinha em mim um universo tão meu e dela, enfim. Um dia ela olhou pra mim, talvez, tenha sido mais um daqueles meus clássicos resmungos (e desculpe se eu não cheguei a essa parte, mas é porque além de tudo eu tenho esse jeito um tanto senil e logo isso iria se mostrar por si próprio). O importante foi que ela olhou, e de tanto fugir dos tão temerosos problemas, cai no mais fatal, o amor. Não entendia muito bem sobre sentimentos, a maioria do tempo eu passava reclamando sobre alguma dor ou outra coisa qualquer, mas, ele chegou. Como soube? Nem eu mesmo soube bem. A questão é que: como logo eu?! Tão figura qualquer em alguma estória dessas de vida, agora com bestagem de se ver protagonista?! Ah! Tá certo! Juro como pensei ironicamente assim, mas, tudo bem. Só sei que aquilo tudo me deixou assim, não igual a que eu era antes. Já até pensei em trocar o cinza pelo vermelho e abrir um sorriso uma vez ou outra, sabe? Talvez, tenha sido a primeira pessoa que tenha reparado em mim de verdade e ,tipo assim, por mais que provavelmente eu não casasse com ela, tivesse filhos e afins , aquilo tudo me trouxe um forma de conjugar o verbo no pretérito sobre coisas minhas que até eu mesmo não via um rumo diferente. Enfim, quem sabe lá sobre essas coisas de vida. A gente acaba não se esquivando das problemáticas.

Campos, Juliana.

Ouvindo Kodaline - All I Want.

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