quinta-feira, 7 de abril de 2011

Essa é boa.

- Droga, e agora?
- O que é isso, rapaz? Que cara é essa?
- Vim do médico agora e ele falou que não vou morrer amanhã.
- E você tá é decepcionado, é? Deveria criar vergonha na cara e aproveitar a vida
- Mas ...mas ... Droga! Logo agora que já tinha até preparado minha lista de metas a cumprir ate 2012 porque tinha medo de morrer sem ter feito metade das coisas que poderia ter feito nesses vinte e tantos anos que já vivi.
- Marrapaz! Tem gente que é besta demais, enquanto uns com medo da  morte acham que podem abraçar o mundo com as pernas, ainda tem a prefeita que com medo de matar o PT já tá adiantando a programação eleitoral como se em um ano e meio fosse resolver o que ela não fez em oito.


Por Juliana Campos

terça-feira, 5 de abril de 2011

Dialogando com meus botões.

No caminho, o que houve, porém, talvez não tenha sido um desvio em contramão, mas sim coisas que pela vida se vai construindo e desconstruindo como se essa questão também fosse parte de um processo, entretanto processos partem em busca de uma realização ou ao menos uma idealização dessa e sendo assim não se cabe a processos pelo menos não numa ótica tão particular como é a minha. Isso quando se tenta ,mais uma vez, não levar o assunto para a forma tão desajeitada que tenho com as coisas. Uma forma até um tanto bem grosseira. Enfim, isso não vem ao caso embora seja fato.
Mas, tentando usar um pouco do resto das forças canalizadas no que tão massivamente tento reportar, o que diabos, era então, já que agora o momento só se cabe pensar sobre? Uma questão que, aparentemente, ecoa por dentro da minha interlocução. Se bem que, na verdade, ecoa porque o vácuo que trouxe vai bem mais além do que se pode sentir.
Bem La do fundo, era assim que parecia. Olhos iam tomando corpo como se só fossem olhos e nada mais e assim se faziam orifícios por onde se podia ver. Alguma coisa era e era alguma coisa que via, pelo menos, nisso estava certo já que no restante não se pode haver compreensão. Pode ser que não esteja parecendo claro. Eu sei. Porem, embora a intenção seja esclarecer ou até quem sabe me convencer de alguma coisa, o desenrolar das palavras se fazem confusas por elas mesmas. Não posso ter controle sobre isso. Não quando em nada disso posso ter controle.
Fracassadamente sempre se há a tentativa de impor respostas a perguntas que ainda não chegaram a ser pronunciadas. Fazer primeiro as perguntas e assim seguir uma seqüência? È bom quando se tem algo seguro para repousar os pés, mas não se pode dar pés a coisas flutuantes. Coisas que não aparecem assim quando se bem quer. Existe? Juro como tudo ou pelo menos quase tudo se leva a tentativa de se comprar uma existência ou pelo menos parte dela, pois já há um quase convencimento de que isso foi coisa que os olhos e os sentidos aprontaram a mente. Às vezes penso estar enganada, em outras necessito esta enganada e já nas demais vezes penso também em não estar enganada que, por um lado, é bem pior. Espero chegar ao final desse discurso pelo menos com um tantinho menos desse sentimento que me atormenta.
Sentimento que não tenho nome pronto para dar, mas que me embrulha o estomago mesmo assim. Vai se entender o que foi feito para sentir e não para se pensar? Mania besta da gente de querer resposta para tudo. Vou me sentir mais vivo depois disso? Se fosse, ao menos, de certa forma por ai, mas como posso garantir? Infelizmente sou uma pessoa imediatista, não tenho paciência para o depois. E agora? Essa é a questão. Vou me fazendo por ai.

domingo, 3 de abril de 2011

Não por alguma prova de amor

Não que fosse como algum tipo de prova de amor, mas, mesmo assim, estive ali despida de mim. A grande proeza do direito de ir e vir nem sempre quer lhe dizer alguma coisa que pareça com seguridade ou você vai quase como se estivesse cego ou se cega pelo o caminho.
Se eu for, o que terei na volta ou o que estarei deixando para trás? Se eu não for, o que de mim será? Parcialmente, o ramo dos questionamentos começa assim, ou seja, nos sentidos que atribuímos ao “antes de” e ao “depois de”. Porém, esquecemos do lance do tal do coração que está ali paralelo a razão. Grande atropelo quando tentam entrar em uma comunhão. O espírito de grandeza sempre acaba assediando um dos dois ao ponto de ser o bastante para causar uma grande confusão, enfim.
Embora não presa ao supostamente, andava meus pés num passo que, mesmo leve, se mostrava firme. Nem prova de amor e muito menos qualquer outro tipo de prova. Em nossa jornada constantemente estaremos frustrados com a decisão entre perder e ganhar, perder para ganhar, ganhar para perder quando nem se quiser sabemos ao certo o que está em jogo. Seriam nossas vidas? Seria nossa paz? Seria uma questão de princípios? Seria o quê?
Estamos soltos e não sabemos o que fazer com isso ou estamos amarrados, reforçando o mesmo nó que nos aperta. E agora? Pergunto-me todas as manhas isso. Nessa bagunça toda logo eu deveria estar alinhado?
Não que eu quisesse me fazer como sou, simplesmente, me faço e isso não é nenhuma prova de amor. Embora desprovida do que é o certo e do que é o errado, tento não estacionar. A gente sempre quer chegar a algum lugar e assim a gente vai, sendo arrastado ou não.

Sem fazer sentir ...

A noite era de silêncio e pouca luz. Idéias que borbulhavam enfervercidas nos nervos iam diretas e letais como um corte profundo. Assim as horas esvaziavam o peso do corpo, pelo menos, mais do que lhe fazia esquecer a mente.
Mais alerta do que insone, era um rebuliço pela cama, um entra e sai do quarto, abre e fecha de janelas. Enfim, algo inquietava. Algo em seu corpo lhe torcia os sentidos, embrulhando-o de uma forma como se lhe fizesse sangrar.
A verdade não era tão clara ou, pelo menos, não tão transparente quanto os poucos fiascos da luz lunar, que invasivos, perpassavam janela adentro, propositalmente, para mostrar-lhe o quanto tudo aquilo era feio e frio e sozinho... E sozinho... E sozinho. Sozinho, eis uma palavra companheira por dentre essas horas estacionadas ali dentro. Pelo menos isso. Até poderia já não estar sadio, mas ao menos não estaria perdido.
O medo de se perder em si mesmo fazia-lhe deixar os olhos bem abertos e o corpo imerso em qualquer coisa que pudesse o fazer não perceber-se dentro de si mesmo. Só mais algumas horas e tudo isso logo se apaga. O dia virar lhe revestir com seu nome, suas roupas, pessoas e lugares...
E a noite segue silenciosa como se nada estivesse ali. Só queria esquecer-se, sem fazer sentido e sem fazer sentir.

Por: Juliana Campos.

sábado, 2 de abril de 2011

De cabeça para baixo.

 ... De cabeça para baixo se troca os pés pelas mãos. Alguém já tinha pensado no sentido disso antes? ... Pois bem, pensei nisso na minha forma. È bem verdade a afirmativa. Mas, veja só, as vezes parece menos confuso ver as mesmas coisas com outras formas. Não acha?  Acho que o "De cabeça para baixo" é bem por ai mesmo, pelo menos, penso assim.