segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Auto-Retrato

Hoje decidi, de fato, encarar meu auto-retrato, experimentando me olhar no espelho por alguns segundos. È bem verdade que há muito tempo eu não fazia isso. Esse negócio de me olhar diretamente nos olhos. Enfrentar meu eu para além das aparências...
È difícil, sabe? Ver que o tempo passou. Ver que fui eu quem o deixou passar despercebido assim e que agora me pego assustado pelas marcas e efeitos expressos em meu rosto.
Pude ver várias coisas claras pelo espelho principalmente meu coração cheio de mágoas junto ao desperdício das palavras correndo desordenadas em minha mente.
Hoje eu me encontro com meus vinte e poucos anos. Tenho mania de condená-los como anos não vividos. È bem irônico, eu sei! Se estou vivo é porque estes anos foram vividos sim e muito até. Mas, fazer o quê? Tentei desentortar, porém,  pouco se tem a fazer. Minhas costas curvas doem e isso me faz resmungar de coisas como os anos que já vivi, sobre coisas que não  dão certo e sobre o agora também. Se bem que o agora eu precisava ter me atentado antes. Imerso em tantas outras banalidades, as minhas próprias estavam um tanto esquecidas e aí deu no que deu. Esta vida de merda que eu chamo de minha com inúmeras emoções mal vividas e castelos de areia que ainda nem sairam da cabeça para a prática. Enfim, o que foi que eu fiz de mim?

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